A CONSCIÊNCIA DA CIDADANIA NÃO PODE CONVIVER HARMONICAMENTE COM A VIOLÊNCIA E A FOME

O exercício da cidadania deve ser um gesto constante. Não há como desvincular-se do mesmo, nem distanciar-se da sua necessidade cotidiana. O indivíduo, para atingir status de cidadão, não pode afastar-se da luta incessante pela garantia dos seus direitos.
Em quase todas as sociedades contemporâneas, o respeito à pessoa humana tem sido violentamente aviltado.  A disparidade entre as classes sociais, reforçadas por preconceitos de origens diversas, vai condenando um grandioso exército de individúos a condições execráveis de sobrevivência. À margem da lei, à margem da história, à margem da vida esses seres sub-humanos são mantidos a distância do que venha a ser mais leve noção de cidadania. Vivem, portanto, das sobras sociais impossibilitados, por todos os meios, de regerem seus próprios caminhos.
No Brasil, o exemplo mais dramático desse processo de exclusão é a existência de uma grande parte da população que, literalmente passam fome. Sem a mínima a perspectiva de um horizonte provável, tais indivíduos se vêem antecipadamente condenados à morte, fazendo da vida um mero ritual de passagem. Na região nordestina, nas favelas e periferias das grandes cidades, este quadro abominável se dsenha com um grande pesadelo social e um desafio permanente à solidariedade humana. Apaga-se, assim, o sentimento de nação e divide-se brutalmente a sociedade, que se torna, portanto, vulnerável a todas as formas de violência.
Por tudo isso, a consciência de cidadania é cada vez mais uma necessidade imperiosa. Não é, de forma alguma admissível, que este valor fundamental da pessoa continue vergonhosamente postergado em pleno século XXI. A maioridade social só será definitivamente conquistada quando o ser humano deixar de ser apenas um indivíduo e existir como cidadão.

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