O exercício da cidadania deve ser um gesto constante. Não há como desvincular-se do mesmo, nem distanciar-se da sua necessidade cotidiana. O indivíduo, para atingir status de cidadão, não pode afastar-se da luta incessante pela garantia dos seus direitos. Em quase todas as sociedades contemporâneas, o respeito à pessoa humana tem sido violentamente aviltado. A disparidade entre as classes sociais, reforçadas por preconceitos de origens diversas, vai condenando um grandioso exército de individúos a condições execráveis de sobrevivência. À margem da lei, à margem da história, à margem da vida esses seres sub-humanos são mantidos a distância do que venha a ser mais leve noção de cidadania. Vivem, portanto, das sobras sociais impossibilitados, por todos os meios, de regerem seus próprios caminhos. No Brasil, o exemplo mais dramático desse processo de exclusão é a existência de uma grande parte da população que, literalmente passam fome. Sem a mínima a perspectiva de um horizonte pro...
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